O ensino eminentemente teórico contribui para o desinteresse dos jovens pela escola

No Brasil pensamos primeiro na teoria e, muito depois, na prática. Costumamos ter grandes ideias, mas raramente vamos ao detalhe para ver como as coisas realmente funcionam. Assim, muitos dos nossos economistas nunca frequentaram um mercado popular; muitos doutores desconhecem o funcionamento de um hospital público; e alguns gestores públicos sentem pavor de entrar em postos de saúde.
Mais preocupante ainda, do nosso ponto de vista, são os milhares de professores reproduzindo infinitamente essa tradição de oferecer apenas aulas teóricas em nossas escolas. Como consequência, muitos alunos afirmam não entender para que serve a matemática, ou a história, o que pode levar ao baixo engajamento e ao abandono escolar. Afinal, ao não terem contato com os aspectos práticos envolvidos nessas disciplinas, não conseguem conectá-las com a sua vida e seu futuro.
E na vida profissional esse jeito de pensar tem consequências trágicas. Trabalhar é, por definição, uma atividade prática. É sair do plano das ideias e ir para a ação, experimentando na realidade aquilo que se concebeu. Por isso, a escola precisa fortalecer a importância dos processos de aprendizagem “mão na massa”, onde a descoberta do novo ocorre também por tentativa e erro.
Na Ensinar.Pro, defendemos a tese de que o professor tem que se preparar para expor seus alunos a experiências do mundo real. O gis e o quadro negro não são mais suficientes. Na rua, no mercado e na vida é que os alunos poderão aprender como utilizar o que aprenderam na escola. E você, professor, está pronto para isso?
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